Transtornos alimentares representam distúrbios persistentes no comportamento alimentar ou relacionados à alimentação, levando a uma ingestão ou absorção alterada de alimentos que comprometem significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.
Os transtornos alimentares incluem a anorexia nervosa, a bulimia nervosa, a compulsão alimentar, a pica, o transtorno de ruminação e o transtorno alimentar restritivo-evitativo.
Quanto às causas dos transtornos alimentares, eles têm uma origem multifatorial, o que significa que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento de um quadro psicopatológico. Esses fatores podem ser categorizados como biológicos e ambientais.
No aspecto biológico, a hereditariedade desempenha um papel importante, envolvendo fatores transmitidos geneticamente pelos pais. No aspecto ambiental, o ambiente em que se vive também desempenha um papel significativo, pois pode oferecer fatores de risco que influenciam o surgimento de transtornos alimentares.
Dentro do contexto de um transtorno alimentar, frequentemente ocorre um fenômeno conhecido como “alimentação emocional,” em que a pessoa recorre à comida para lidar com suas frustrações, insatisfações ou para regular suas emoções.
Outra característica comum é a distorção da imagem corporal, observada em casos de anorexia, por exemplo, em que a pessoa percebe seu próprio peso de maneira distorcida, enxergando-se como mais pesada do que realmente é ao se olhar no espelho.
O tratamento dos transtornos alimentares é uma abordagem multidisciplinar, envolvendo uma equipe de profissionais de saúde em cuidados com o paciente.
O papel do psicólogo consiste em abordar as distorções cognitivas presentes no indivíduo com transtorno alimentar, ajudando a reorganizar pensamentos e emoções. A terapia cognitivo-comportamental, baseada no modelo de Beck, é considerada o tratamento padrão-ouro para transtornos alimentares.
Essa abordagem ajuda os indivíduos a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais relacionados à alimentação. Ajuda a abordar as distorções cognitivas e a promover uma relação mais saudável com a comida.
É importante destacar que os transtornos alimentares são condições sérias que requerem tratamento especializado. O apoio da família e dos amigos também desempenha um papel fundamental no processo de recuperação. Quanto mais cedo alguém procurar ajuda, melhores serão as chances de recuperação completa.