Na nossa cultura, a comida e o bem-estar estão diretamente entrelaçados. Quando convidamos alguém para nossa casa, compartilhamos um bolinho e um cafezinho para expressar nossa alegria.
Da mesma forma, quando nos sentimos em momentos de frustração, tristeza, muitos de nós recorremos à comida em excesso – uma barra de chocolate inteira, um pacote de bolachas recheadas, litros de refrigerante, massas, pizzas, sorvete – buscando aliviar a ansiedade e encontrar momentâneos sentimentos de prazer e felicidade.
Não há dúvidas de que a alimentação é essencial para a nossa sobrevivência, mas quando o excesso se torna um padrão, isso pode acarretar prejuízos tanto para o nosso corpo quanto para a nossa mente. Estar acima do peso impacta diretamente na autoestima, na vida sexual e nas nossas relações sociais.
Embora muitos insistam que emagrecer é uma jornada simples, a realidade é que para algumas pessoas essa verdade não se aplica. Perder peso não se resume apenas a controlar a dieta e fazer exercícios físicos. Além desses passos fundamentais, a mudança de vida envolve um componente psicológico que pode tanto facilitar quanto dificultar o processo.
Por que tantas pessoas enfrentam dificuldades em emagrecer?
A resposta está na interseção de fatores fisiológicos, culturais e psicológicos. Raiva, ansiedade, depressão, compulsão alimentar, traumas, perda de emprego ou a morte de um ente querido podem desencadear descontrole na alimentação, levando a escolhas calóricas excessivas ou à falta de motivação para se exercitar. Nessas horas, é importante saber que pedir ajuda é uma atitude sábia.
Muitos ainda não desenvolveram as habilidades necessárias para enfrentar os desafios iniciais. Mesmo quando se tem um objetivo claro e motivador para adotar um estilo de vida saudável e emagrecer, é comum recuar para os velhos hábitos diante de sentimentos de ansiedade, raiva ou episódios de depressão dentre tantos ou acontecimentos que podem aparecer pelo caminho.
A verdade é que mudar os hábitos não é uma tarefa simples. Exige disciplina, persistência e força de vontade, e mesmo as pessoas mentalmente mais saudáveis podem encontrar dificuldades iniciais. Uma das questões é que excesso de peso, obesidade, comer compulsivamente e/ou sem necessidade envolve fatores fisiológicos, culturais e, claro, psicológicos.
A Terapia Cognitivo Comportamental pode auxiliar no processo de emagrecimento
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode se tornar uma aliada poderosa no processo de emagrecimento. A TCC trabalha com os pensamentos, sentimentos e comportamentos envolvidos no processo de perder peso.
Durante a terapia, você aprenderá a lidar com a ansiedade, tristeza, estresse e culpa associados à alimentação. A terapia o ajudará a organizar sua rotina alimentar e compras, transformando a comida em uma atividade prazerosa e não apenas um refúgio momentâneo. Você assumirá o controle da sua dieta e exercícios, deixando de esperar que a dieta faça “milagres” e começa a se responsabilizar pelos seus atos de comer.
A TCC também promove o autoconhecimento e ensina novas formas de lidar com os impulsos alimentares, facilitando a aderência às orientações do nutricionista e educadores físicos. Você aprenderá a distinguir entre fome real e vontade de comer, e, o mais importante, recuperará sua autoestima.
A terapia vai te ajudar a transformar sua relação com a comida e na manutenção de um corpo e mente saudáveis. Se você se identificou com os desafios apresentados neste artigo, considere buscar a ajuda de um psicólogo especializado em TCC para trilhar o caminho do emagrecimento e da saúde com confiança e sucesso.
